quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alicia

Alicia era um paradoxo
Era tímida e adorava ser o centro das atenções
Era do mundo alternativo e conservadora como ela só
Bonitinha, mandona, insegura, gaguejava quando confrontada
Perdia o fio da meada, se perdia no raciocínio
Tocava uma viola como ninguém
E tinha um olho para fotografia, via o que ninguém via
Ao revelar, lá estava
Fotos esplêndidas, universos revelados
Tinha talento para as artes em geral
Mas seguidamente se esvaziava
Perdida na esquina de nada com coisa nenhuma
Algum dia falo mais dela
Alicia, Alicia

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