segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ana Rosa II

Voltei na tentativa de deixar "preso" aqui meu afeto por ti.
Queria saber dizer coisas bonitas,
que registrassem, fotografassem o quanto te gosto.
O que posso dizer?
Meu corpo reage neste exato momento,
coração batendo grave, gravíssimo.
O rosto formigando.
Emoção somatizada.
Comunicação, comunicação, comunicação.
Amor se expressa além dos beijos, carinhos e carícias.
É preciso falar, falar e falar.
Se não falo, fico desconsertada.
Meus processos psicológicos são assim.
Preciso entender e depois esmiuçar.
O que sinto sobre nós, queria refletir contigo.
Vem ser minha partner, minha colega cientista maluca.
Vamos dissecar nossos corações, com amor.

domingo, 16 de setembro de 2007

Brasília/Contrapondo a Bolha da Paixão


estão muitos dos meus amores.
Que vontade de ir até lá o mais breve possível.
Desta vez, até que grana não seria o problema.
Precisaria resolver algumas coisas de infra por aqui.
Não vejo muita perspectiva disso.
É estranho não me sentir livre para ir e vir aos 43 anos.
Mas é a mais pura verdade.
Não sou livre.
Nunca soube estruturar minha liberdade.
Sempre tive medo de ser livre.
Desde que me lembro, sempre amarrei uma cordinha no meu pé e a outra ponta numa árvore do quintal.
Posso me movimentar, mas não muito longe da árvore.
Falsa idéia de liberdade de movimento.
Acho que não tenho coragem para pagar o preço que a liberdade exige.
Quebrar as correntes dói demais.
A covardia me impede e anestesia essa possível dor.
Assim vou levando, empurrando de banda e fingindo que não enxergo.
Mas quando enxergo mesmo, porque está na minha cara, dá vontade de correr para o colo de meus amigos.
Alguns estão cansados de saber da minha covardia e ainda assim me amam.
Preciso do porto seguro do afeto deles.
Creio que em Brasília tenho um porto seguro, um deles.
Sou uma mulher feliz por me fazer amar por amigos tão lindos.
Ai, que saudade de vocês todas .

Dias cinzentos

Dias de paranóia
Tudo cinza
Até o corpo enjoa
A cabeça estourando
Estômago embrulhado
Sono tumultuado
Transpiração anormal
Meu Deus, como a cabeça é poderosa!
Ela pode desorganizar tudo que estava bem
Que vontade de respirar fundo e me sentir aliviada
Coisas não ditas são tóxicas
Profilaxia: papo sincero, porém cuidadoso
Em dose única, de preferência
Tomara que este final de semana termine logo
Acredite se puder: que vontade de trabalhar!
Preciso ocupar minha cabeça com algo que não diga respeito apenas a mim.
Depois de muito tempo, falei ao telefone com minha amiga Clau
Conversa rápida, mas produtiva
Brinco dizendo que ela é meu grilo falante, minha consciência auxiliar
Como diriam os paulistas: então?!
Quando me apaixono, esqueço de mim
E isso é a coisa mais burra que poderia fazer
Porque abdico da minha vida
Fico excessivamente na expectativa do relacionamento
É preciso respirar e deixar respirar
Tenho meu trabalho, família
Tenho uma alma para alimentar, com meus amigos e culturalmente também
A razão sabe, só falta a emoção assimilar
Há que ser feito
Tenho dito !!

sábado, 15 de setembro de 2007

Ana Rosa

Menina aos 40
Nuca exposta
Cabelo negro
Alguns brancos aqui e acolá
Pequena, de costas para mim
Deitada feito um ponto de interrogação
O Próprio corpo perguntando:
-me amas, me amas ?
Ah, como ela quer ser amada!

Se pudesse, guardaria meu amor em minhas entranhas
Protegeria com meu corpo
Ampararia, abrigaria
Ela assim, amada por todos os lados
Envolta em mim

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A bolha da paixão

Ando pensando nesse estado de espírito meio anestesiado para o mundo, que aparece quando se está apaixonado.
É tão estranho.
Parece que estou numa bolha.
Nela está tudo o que preciso e só entra o que for relativo à paixão.
Penso em todos a quem estou deixando de dar atenção como antes, sinto certa culpa.
Isso não quer dizer que não sinta afeto como antes pelos meus amigos.
Muito pelo contrário, o amor é o mesmo.
Na verdade, acho que estou hipnotizada, só pensando nela, em estar com ela.
Todo tempo disponível gasto com ela.
Alguns amigos reclamam meu sumiço e os entendo, mas não consigo agir de outra forma.
Parece que neste momento preciso dela mais do que todos, mais do que tudo.
Que sentimento é esse, é bom, é ruim?
Sei que é diferente e gosto dele.
Bem, amigos meus, estou bem e isso deve fazê-los felizes.
Torçam por mim.