sábado, 30 de junho de 2007

Preguiça bem boa II

Prometi que contaria como foi a viagem a Porto Alegre, então aí vai.
Cheguei febril, cansada e com dor no corpo. Cabeça pesada.
Tudo me dizia que não deveria ter ido, mas fui.
Tive uma semana difícil, problemas com a saúde.
Minha médica incentivou a fazer a viagem, fazer algo diferente, que desse prazer, aliviasse as preocupações.
Mas que foi loucura, foi.
Não agüentava tanto desânimo, aquela sensação de fadiga no corpo todo.
Isso não é estado de espírito e físico para se conhecer alguém, para um primeiro encontro.
Cheguei cedo. Tinha algumas horas até ela sair do trabalho e ir para casa me esperar.
Fui gastar tempo num shopping, comprei uma calça jeans. Mas só pensava em me deitar em qualquer canto, num cobertorzinho, um travesseirinho macio. Nada me chamava atenção.
Além disso, estava super ansiosa, é claro.
Mandei mensagem no celular, perguntado se ela queria que levasse algo. Pediu laranjas. Achei tão lindo. Como sou boba.
Na maior empolgação comprei quase uma salada de frutas inteira: laranjas, bergamotas, kiwi, maçãs e bananas.
Passeando pela seção de frutas e legumes, deu uma enorme vontade de tomar uma sopinha. Ser mimada. Como a moça já me havia advertido que era péssima na cozinha, pensei em levar aqueles pacotinhos em que todos os legumes são pré descascados e picados. Peguei um, mais frango em pedaços e uns pãezinhos.
Tudo comprado, peguei um táxi e fui para a casa dela.
Fui recebida na porta do prédio. Ela sorriu e ajudou com as sacolas.
Conversamos um pouco, me senti muito bem, apesar do previsto constrangimento inicial.
Ela mostrou o apartamento. Típico dela, totalmente em "ebulição". Arrumação não é a praia dela. Muitos livros.
Uma gatinha arisca de pêlo de várias cores.
Ela e eu fazemos aniversário no mesmo dia, ambas aquarianas. Mas cá entre nós, ela é mil vezes mais aquariana do que eu.
Passei a me achar tão certinha. Está bem, eu sou certinha !!! Mas ficou ainda mais evidente, pronto.
Pensei na minha casinha, arrumadinha, tipo casa dos três ursinhos da estorinha infantil.
A dela, bem diferente e adorei estar ali.
Queria muito um abraço que não acontecia. Demorou a sair.
Tudo transcorreu divertido. Comuniquei que ela me faria uma sopinha, que deveria cuidar de mim, mimar muito. Minha insistência em viajar doente merecia.
Fiquei preocupada em passar a gripe para ela. Avisei antes de comprar a passagem. Avisei durante a viagem e já na casa dela. A guria é valente, guapa mesmo!
Quis minha visita apesar de todo vírus.
Claro que nada é perfeito, minha "fantasia" de ter uma "namorada" que cozinhe bem....nada feito.
A moça não sabia nem fazer uma sopinha pré pronta. Tive que ensinar, mas ela a fez com o maior carinho.
Enquanto a sopa cozinhava, fizemos preguiça "bem boa" na sala, conversando e ouvindo CDs. Nossos gosto musical (refinado!) combina muito. Aliás, nossos primeiros papos sempre foram sobre música.
Ainda quando só conversávamos na internet, ela me apresentou umas bandas latinas contemporâneas . Som com uma batida muito gostosa.
Fiz uma seleção de músicas com Mônica Salmaso, cantora paulista que adoro. Gravei para ela, que nem prestou atenção. Ficou pegando no meu pé o tempo todo, dizendo que era chato.
A danada prometeu ouvir depois, sozinha, com calma, prestando atenção.
Também gosto da primeira audição de músicas novas assim, sozinha, concentrada.
Ai que ela não goste !
Sopinha tomada, até que ficou gostosa, troca de histórias de família. Olhamos fotos antigas.
A moça é de origem siciliana, mais precisamente o avô materno.
Morena, olhos escuros, pequenina. O tipo físico que cabe direitinho no colo. Estilo alternativo, meio underground. Riu quando eu disse isso.
Nos percebi tão parecidas e tão diferentes. O bom é que isso não tinha a menor importância.
Viver aquele momento gostoso e ponto.
Mais? Ah, isso já é outro papo.

SONRISA II

Estou exausta.
Sono, gripe forte e frio.
Uma noite mal dormida.
Acabo de chegar de Porto Alegre.
Fiz uma maratona louquíssima.
Fui para passar uma noite e voltar de manhã. Tudo isso com uma gripe terrível.
Profecia cumprida: a moça realmente tem um belíssimo sorriso e fiquei olhando para ele com cara de boba.
Ela também sorri com lindos olhos escuros, sicilianos.
Felizmente profecia cumprida em parte, porque boca e bico se aproximaram.
Boca que foi para o meu bico.
Os olhares se cruzaram por muito tempo, não houve embaraço, mas muitas coisas foram ditas naqueles olhares.
Olhos que foram para meus olhos.
Nesses momentos, realmente palavras não fizeram falta.
Confesso que não sofri de covardia paralisante e nem ela foi tão determinada, nos encontramos na metade da ponte.
Mãos que foram para o meu corpo.
Agora vou tentar dormir, lembrar e pensar nela.
Depois conto mais.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Mulheres


Escrevi para algumas amigas contando que comecei a postar num blog.
Algumas delas estiveram aqui e até deixaram comentários. Só não sei se por educação ou por afeto (rindo muito).
Uma amiga de muito tempo, desde a adolescência, respondeu que admirava minha coragem de compartilhar meu escritos.
Fiquei pensando no que ela disse. Não sei se se referiu ao fato de que até este momento aqui estava dito, senão com todas as letras, ao menos com muitas delas, sobre minha natureza feminina amar outras mulheres. Não sei se foi nisso que ela viu um ato de coragem. Ou se foi mesmo no fato de mostrar o que escrevo.
Bem..., na verdade não tenho pretensão de fazer literatura. Adoraria ter lastro para isso, mas não é para mim.
O que me fez começar a postar aqui é a necessidade de não deixar meus pensamentos diluírem.
Mais do que tudo isso, estava transbordando.
Falar o que penso e sinto passou a ser uma necessidade de saúde mental. Isto aqui está virando quase um ato terapêutico.
Faz poucos dias que falei com outra amiga, mais recente, não menos querida, que disse escrever contos. Prometeu que algum dia mandará para eu ler. Pelo que entendi, tais contos são muito guardados. Como ela é uma pessoa que considero culta, inteligente, sensível e já trabalha na área das letras, deve escrever bem. Acho que agora inflei de todo a bola dela.
Queria questionar isso, esse medo que todos temos da crítica. Será isso, será timidez?
Talvez por medo de ser criticada, fiquei tanto tempo presa, pensando sozinha e pensando muita besteira sobre mim. E o pior de tudo, me reprimindo, amordaçando, me tratando mal. Não falo apenas no ato de não me permitir escrever, mas principlamente não me permitir amar do jeito que amo. Isso é algo que só diz respeito a mim e a quem estiver comigo. Não tenho obrigação de divulgar nem de esconder, a escolha é minha. Passei a maior parte da vida escondendo de mim, com medo dos outros. Desses não posso esperar aceitação, entendimento, já que são tantos anos de (pré)conceitos estratificados quanto a como os outros devem amar e deixar de amar.Também serão muitíssimos outros anos para mudar. Já começou, mas é lento.
Buscar respeito começa por mim e em mim.
Vejo agora que minha amiga citada no começo tinha certa razão, dentro do meu mundinho, precisei coragem sim.
Neste exato instante algo maravilhoso aconteceu. Enquanto escrevia, recebi e-mail de outra amiga, também da adolescência, da mesma turma dessa que mencionei. Agora ela mora em Barcelona e nossos contatos são escassos. Ah se eu pudesse transcrever o e-mail....não resisto a passar ao menos o espírito dele: "tantos anos fechada e agora virastes um livro aberto". Também brincou pedindo o telefone da minha terapeuta, pois o trabalho dela deve ser excelente. Gostou muito do que leu aqui. Quase morri de rir, inclusive com os olhos e com o coração, riso total.
Se neste momento não tenho uma namorada e que ainda cozinhe bem, ao menos minha vida está cheia de mulheres que amo. Desde muito tempo a presença delas, seja perto, seja muito longe, seja online, deixa minha alma quentinha e aconchegada. Obrigada a vocês todas.
Ah, mas se pintar uma paixão.............

domingo, 24 de junho de 2007

Preguiça bem boa...........

Sei que não é lá muito correto dizer "bem boa", mas é intencional.
Queria que fosse redundante mesmo.
Coisa boa é fazer preguiça e coisa triste (dramática!) é não poder.
Pois é, hoje está um belíssimo domingo de inverno. Frio e sol.
Perfeito para ficar em casa, se possível de pijama, comendo bergamota, ouvindo música.
Para ficar ainda melhor, uma namorada que cozinhasse bem e fizesse o almoço, seria divino. Deus é bom mas nem tanto. E se for, não foi comigo. Eu sei senhor, "não blasfemar". Não sei muito bem o que é blasfêmia, mas reclamar de não ter namorada e ainda uma que cozinhe bem, deve ser. Com agravante, inveja de quem tem!
Prosseguindo a lamúria dominical, domingo é dia de fazer diplomacia familiar. Fazer companhia para os parentes de outras cidades que por aqui estão em visita. Nada contra, pessoas ótimas. Mas meu bioritmo está pedindo recolhimento na minha ostra, no meu mundinho.
Parece um contra-senso, mas tomara que as horas corram, que esse maravilhoso domingo de inverno termine, para poder voltar para o meu cantinho e se possível encontrar online alguém que seja meu, alguém que seja do meu planeta e terminar o dia assim, "em casa".
Sinal dos tempos, está tudo doido mesmo.
Quem pensaria nisso não muitos anos atrás?

sábado, 23 de junho de 2007

Sábado 16 horas, chove chuva

Sábado, 23 de junho, 16 horas.
Meu coração está tão apertado que parece pulsar nos olhos.
Meu pai, por que faço isso comigo?
Por que em nome de uma emoção, maltrato meu corpo e minha saúde?
Minha cabeça parece que vai estourar.
A pressão deve estar alta.
Somatização total.
Por que ser tão burramente intensa, por algo tão bobo?
Ninguém é assim, devo ser a única.
Ninguém se coloca de bandeja pra nada.
Sempre fui assim, desde que me lembro.
Tão imatura.
Se chegar à velhice, o que é dificil com essa pressão arterial, continuarei imatura .
Uma velha gagá e imatura.
Consigo me ver num asilo, ridiculamente apaixonada por outra velhinha.
Por que essas coisas colam em mim?
Bem que poderiam sair com um banho !!!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Mirame

Vidro não é necessariamente espelho
Sou vidro que teu olhar atravessa sem se deter
Se vidro falasse, te diria em estilhaços:
"OLHA PARA MIM !!!!!!!!!!!!!!"

Idealização II



Sapatilha surrada
Muito trabalho para ser tão leve
Tão ágil
Dores nos pés
Choro...
Movimentos leves
Perfeitos
Após muito exercício
Caimbras


Por que insisitmos, nos apegamos à idéia do mágico, do encantado?
Por que a geometria indispensável?
Por que só há felicidade se tudo for belo, liso, claro, leve...
Que outros adjetivos posso usar em nome do ideal?
Adjetivos do concreto, do visual, do olfativo, do sensorial?
Ou isso é algo inquestionável, um dogma?
Ou há algo muito reacionário nisso que precisa ser revolucionado?
Ainda não sei, não sei mesmo



Idealização...




"procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
...
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
...
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
...
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem
Todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem"
(Ciranda da Bailarina - Edu Lobo e Chico Buarque)




terça-feira, 19 de junho de 2007

Sonrisa












Faz algum tempo que conheci uma mulher pela internet.
Eventualmente nos falamos, papos online.
Pelas fotos, linda.... Não no sentido clássico, aquela coisa perfeita e monótona. Nada disso. Algo de dissonante, de desalinho, lindamente imperfeita, embora ela não saiba disso.
Um sorrisão lindo, grande, muito grande.
Que vontade de ficar contemplando aquele sorriso, ficar rindo com cara de boba para aquela boca...!!!
Boca que não é pro meu bico. Bico e boca tão distantes, que pena. Ai meu Deus, que pena.
Depois de encerrar a conversa com ela hoje fiquei pensando:
Como ela é visceral, inteira na busca dos seus desejos, tão menina, tão pura e tão safada, no melhor dos melhores sentidos.
Sim, porque ser safada é o que pode haver de melhor em vitalidade.
Fiquei fantasiando estar diante daquele sorriso, talvez ela sorrisse também com os olhos. Aí sim, sorriso total.
Sabe aquela coisa de ser safada sem falar? Olhos que falam tanto, que pinta um certo embaraço, uma vergonha gostosa, um evitar de olhos, mas querendo olhar, porque são como ímã.
Nenhuma palavra faz falta. Encarar e fugir e tornar a encarar...
Olhos que não são para os meu olhos. Ai, meu Deus, que pena.
E se ela fosse safada o suficiente para tomar a iniciativa, como gosto?
Se ela viesse buscar sem pedir?
E se ela quisesse o mesmo que eu quero?
Mãos que não são para o meu corpo...
Ai, que medo paralisante, que covardia!
Coragem!
Ai ,que medo...
Coragem!
Que medo................

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Tem solução?

Minha cabeça anda cheia, cheia e vazia de tanto pensar e pouco concluir.
Quanto mais penso, mais coisas a pensar, parece que os pensamento dão cria.
Quanta energia vai nisso.
Não parece que há uma coisa esquisita está no ar?
Acho que é essa questão do aquecimento global, perspectiva de que tudo vá pelos ares.
A gente segue separando o lixo, fechando a torneira enquanto escova os dentes, não demorando tanto no banho... mas tudo isso parece que não será suficiente.
Depois paro a pensar nas pessoas com quem convivo, algumas tão, tão, tão...não sei como dizer. O adjetivo fugiu. Para não enrolar, preciso dizer que isso tem uma história específica e bem recente:
- Faz poucos dias que recebi no trabalho pessoas de uma instância administrativa superior, para implantar novo sistema de informática. Uma mulher, de uns 36 anos, era a chefe da "delegação". Impressioanate, sem palavras o quanto essa pessoa foi rude, truculenta, gratuitamente desagradável. Autoritarismo é tóxico.
Misturando tudo isso, acho que realmente o mundo está com os dias contados, porque gente é poluição.
Nós somos poluentes na anatureza, alguns são lixo reciclável. Esses, a melhor categoria. Outros, lixo tóxico, talvez em milênios não decompusessem.
Minha alma está intoxicada da presença recente dessa pessoa gratuitamente ruim.
Vou continuar reciclando meu lixo, sem muita esperança.
Com a alma apertada, é dificil encontrar poesia e ter esperança.
A foto acima é o cartaz do documentário "Uma Verdade Inconveniente", do ex candidato à presidência dos Estados Unidos Al Gore. Alerta sobre o aquecimento global. www.climatecrisis.net/

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Valgo la pena !


Soy una chica dificil
Pero yo valgo la pena !
(Andrea Echeverri)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Abraço


Meu moreno travesseiro
Em teu peito
Cabe exato minha cabeça...
Faz muito tempo que senti e escrevi o que coloquei acima. Faz pouco tempo que uma pessoa muito querida apresentou-me uma música que diz assim: "Abrazáme,como um sinturón de seguridad..." (compositora Andrea Echeverri).
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (suspiro sem fim) era tudo o que eu queria...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Narciso




Brincadeira de Narciso
Fez-me amar o espelho
Que reflete outra imagem
Semelhante, mas não é a minha

terça-feira, 5 de junho de 2007

Água de dentro


No começo, ela desce titubeante, procurando passagem.
Depois engrossa e se lança pesada
Ora coçando, ora refrescando por onde passa
Não pede licença, nem quer saber se é bem-vinda.
Às vezes vem sozinha, às vezes em bando desatinado
Às vezes é bem recebida, às vezes renegada.
Hoje inundou meu rosto quando pensei em ti.

Arabesc


Não sei quais as linhas mais belas
As do corpo ou as do olhar?
Ah...que arabescos o olhar desenha...

Espera patética e inevitável

O dia foi super corrido.
Tudo excessivamente acelerado.
No trabalho as mazelas da clientela, a algazarra contente dos colegas, a pressão dos chefes. Apesar disso, o saldo interno é bom e isso é muito estranho.
Estranho porque nada será diferente amanhã ou depois de amanhã e ainda depois...
Essa sensação de "nada de novo no front" é triste e anestésica.
Nada preocupa, já que a vida concreta segue estável.
Hoje não há a presença de pessoa(s) que traga(m) a maravilhosa e desconcertante vontade de explodir de paixão, prazer, encantamento...
Percebo que o que de fato existe é a esperança teimosa de que logo alguém virá.
Não importa quem ou o tipo de interação que estabelecerá.
Esse alguém fará a alma vibrar.
Conversará olhando dentro dos olhos, se interessará pelo que digo e me interessarei pelo que diz. As coisas que diremos um ao outro(a) serão pateticamente sinceras e farão os dias valerem a pena, mesmo que poucos e fugidios.
E quando esse alguém se for, porque sempre vai, haverá a espera de outro alguém.
Porque a chegada de pessoas encantadas é o que me faz feliz.
Não posso abrir mão disso, simplesmente não posso.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Primeira postagem

Bem... faz algum tempo que andava pensando em criar um blog, um espaço para dizer o que penso, fosse coerente ou não.
Na verdade, queria um espaço para catarse.
Espero aprender a lidar com isso logo e começar minhas divagações...
Coisas a aprender. Então, vamos lá!