sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sem título, sem palavras...

Quando estamos nos sentindo muito sós e as pessoas de quem gostamos estão se divertindo, deixam de nos gostar?
Nesse exato momento em que se divertem, anulam nossa existência, esquecem que existimos?
Maluco? Totalmente.
Que melancolia me bateu (ou abateu).
Na verdade, esse estado de espírito vem crescendo desde ontem a noite.
O monstro vem fermentando desde então.
Sexta-feira é tiro certeiro (abateu mesmo!)
Minha namorada vai à Feira do Livro em Porto Alegre.
Minha amiga Lu vai ao cinema em Brasília.
O mundo todo deve estar indo a algum lugar se divertir.
Serei a única a ficar em casa, me achando a mais ínfima das criaturas.
Normal?
Certamente não deve ser.
Não quero avaliar, só quero expelir, fazer minha catarse.
Que emoção é essa que me acompanha faz tanto tempo?
Essa tristeza absurda, essa solidão feito prisão perpétua.
Parece que minha alegria tem horas contadas e quando vem, me assiste sozinha:
Lendo, ouvindo música ou vendo algum filme.
Seja como for, é com algo que posso fazer só.
Ainda bem que existe música, literatura e cinema.
Senão, como poderia agüentar?
Desde que me lembro, sempre fui meio solitária.
Por outro lado, nunca fui arredia a conhecer gente.
Sempre gostei de estar com outras pessoas, mas elas tinham hora certa para chegar e partir.
As pessoas não se demoram comigo.
Todos têm uma vida para onde voltar.
Eu nunca volto, porque nunca saio da minha.

Um comentário:

Elenara Castro Teixeira disse...

Amei o texto e as suas semelhanças com a minha, às vezes solidão, que me ajuda, me queima e me motiva a estar sempre atenta para fazer poesia...
A solidão já trago tatuada no meu sorriso e na minha alma de ermitã...
Adorei!
Um abraço!